Desespero

'Me perdoa, eu sou inocente', grita Flordelis durante julgamento

Ex-deputada federal precisou ser retirada da sessão

Flordelis de cabeça baixa durante depoimentos das testemunhas de acusação
Flordelis de cabeça baixa durante depoimentos das testemunhas de acusação |  Foto: Divulgação/TJRJ
 

O julgamento de Flordelis,  dois filhos afetivos, a filha biológica e a neta segue em seu quarto dia e sem previsão para o término, no Fórum de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Durante depoimento das testemunhas de defesa, a ex-deputada federal se manifestou e precisou ser retirada da sala.

“Me perdoa, eu sou inocente, me perdoa”, gritou enquanto era amparada e saia do local acompanhada de um dos integrantes de sua defesa.

O grito veio durante o depoimento do desembargador Siro Darlan de Oliveira. Ele foi juiz da Vara da Infância e Adolescência em um período em que denominou que Flordelis era ‘perseguida’ por acolher, de forma ilegal, mais de 25 crianças.

“Melhor que sejam acolhidas por uma família com essas características do que sejam abandonadas na rua”, afirmou Siro.

 

Siro relembrou que era próximo da família, não deixando de acompanha-los desde que conheceu a história. Ele chegou a afirmar que Anderson do Carmo, acompanhado por Flordelis, buscava ele para pedir conselhos. Segundo a testemunhas, três dias antes da vítima ser assassinada, eles conversaram por ligação.

“Três dias antes de morrer o Anderson telefonou para mim dizendo que a 'Flor' queria fazer uma reunião comigo para que eu encaminhasse para ela apresentar como projeto de lei, leis que melhorassem e protegessem crianças e adolescentes”, disse.

Durante as testemunhas de acusação, a ré ficou de cabeça baixa o tempo todo. Agora, com a vez voltada para a defesa, Flordelis acompanha tudo de cabeça erguida.

MÉDICO FALA SOBRE TRATAMENTO DE CÂNCER

A segunda testemunha de defesa que prestou esclarecimentos ao júri nesta quinta-feira (10) foi Diogo Bagano Diniz Gomes, médico oncologista clínico que cuidou de Simone, filha biológica de Flordelis, durante o tratamento de um câncer. 

Ele confirmou que Simone fez tratamento contra um melanoma no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e apresentou ‘resposta completa’ em 2017, o que significa que os exames não mostraram melanoma ativo. O tratamento da ré durou dois anos.

Questionado pela defesa de Simone se ela necessitava fazer exames rotineiros para continuar monitorando, ele afirmou que sim, de seis em seis meses, por existir a possibilidade de crescimento do tumor.

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